Com a temperatura variando entre 15ºC e 17ºC, os fiéis que participaram da vigília na noite passada amanheceram neste domingo (28) na praia de Copacabana, calçadas e até mesmo na rua (que está com trafego interditado) na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Às 7h30, a orla, sobretudo no trecho em frente ao hoje Copacabana Palace, já estava tomada de fiéis que se procuravam o melhor lugar para assistir à missa marcada para as 10h. Às 8h, todos os acessos à avenida Atlântica estavam fechados para o tráfego de veículos.
Além do frio, o desafio para quem pernoitou na praia foi encontrar um banheiro livre. As filas de peregrinos em busca de um banheiro para usar estão imensas em frente a igrejas, padarias e lanchonetes de redes internacionais.
Durante a madrugada a espera por um banheiro químico chegou a até três horas, como conta a peregrina Ana Carolina Souza Norberto, de 19 anos, do interior do estado do Rio.
— Só conseguimos usar um banheiro porque, depois de três horas de espera, decidimos pagar.
Ludmila Paula Viegas, de 22 anos, Brasília, confessa que a necessidade física era prioridade.
— “A gente acordou com muito mais vontade de fazer xixi do que de tomar café da manhã.
Último dia
O papa Francisco reza neste domingo na famosa praia de Copacabana uma grande missa à beira-mar, em seu sétimo e último dia no Brasil e na qual são esperadas até três milhões de pessoas.
O primeiro papa latino-americano será recebido na praia por centenas de milhares de jovens peregrinos da JMJ (Jornada Mundial da Juventude) que acamparam na areia durante toda a noite, em uma gigantesca vigília na qual não faltaram cânticos e orações.
Na véspera, no início da vigília, o Papa argentino de 76 anos pediu para que os jovens vivam, de fato, a vida, e não a acompanhem de longe, sejam protagonistas da mudança, se interessem pela política e pelos problemas sociais e não se deixem vencer pela apatia.
— Os jovens nas ruas querem ser protagonistas da mudança. Por favor, não deixem que outros sejam protagonistas da mudança.
O pedido foi feito diante de dois milhões de pessoas que o aclamavam, muitas delas chorando, após os recentes protestos que sacudiram as ruas do Brasil pedindo melhores serviços públicos e criticando a corrupção e os gastos excessivos do governo.
A missa, prevista para as 10h (horário de Brasília), será o quarto grande evento do pontífice na praia de Copacabana. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, estimou que três milhões de pessoas comparecerão ao local, batendo "o recorde histórico" de afluência. Um peregrino, o uruguaio Nicolás Echegoven, disse à AFP que sua fé aumentou.
— Ver tantos jovens na mesma faz nossa fé crescer.
Francisco almoçará mais tarde com o comitê de coordenação da Celam (Conferência Episcopal Latino-Americana), integrado por 45 bispos, na residência do Sumaré, em meio à exuberante floresta tropical atlântica. Ali pronunciará um discurso destinado aos bispos da região onde nasceu e viveu por quase toda a sua vida este argentino filho de italianos, de 76 anos.
No Brasil, Francisco convocou a Igreja a reconquistar os que se tornaram evangélicos ou que vivem sem Deus, buscando a simplicidade em atos e palavras e trabalhando em favelas e comunidades carentes para frear a sangria de fiéis.
Assim como no Brasil, o país com mais católicos do mundo, no resto da região a Igreja católica perde espaço diante de um crescimento das igrejas neo-pentecostais e das pessoas sem religião.
E, como fez diante dos jovens, Francisco pediu que os bispos e cardeais brasileiros não tenham medo de se envolver em assuntos relativos "à educação, à saúde, à paz social", que são "as urgências do Brasil", convocando-os a se comprometer mais politicamente.
O Papa felicitou a Igreja brasileira por ter aplicado com originalidade o Concílio Vaticano II (1962-1965), que adaptou a Igreja aos tempos modernos e mudou seu perfil fechado e doutrinário para o de uma Igreja pastoral.
Mas se referiu — sem mencionar diretamente — à Teologia da Libertação como uma das "doenças infantis" do Concílio que a Igreja brasileira conseguiu superar.
Antes de retornar ao Vaticano, às 19h, sua intensa agenda prevê uma reunião com os milhares de voluntários da JMJ no centro de conferências Riocentro, na zona oeste da cidade, e um discurso de despedida no aeroporto internacional, o 15º e último de sua visita.
Fonte:https://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/apos-vigilia-peregrinos-amanhecem-nas-areias-de-copacabana-28072013
O noticiário da semana teve casos relevantes e impressionantes. O papa Francisco desembarcou no Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude e a prefeitura da cidade deu um show de desorganização. Em Recife (PE), um
Popular entre os brasileiros, a cerveja terá novos ingredientes autorizados para o preparo. O ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento elabora uma instrução normativa que permitirá receitas com adição de matérias-primas como mel, chocolate e especiarias. Além disso, o texto autorizará a produção com cereais diferentes do lúpulo e da cevada.
A primeira versão da instrução normativa será apresentada a representantes do setor nos dias 20 e 21 de agosto. Depois o texto passará por mais discussões, tanto no mercado interno quanto no Mercosul. A expectativa do governo é que as alterações passem a vigorar em 2015.
Atualmente, para ser considerada cerveja, a bebida precisa ter, no mínimo, 55% de cevada malteada e adição de lúpulo na fórmula. Além disso, é proibido adição de produtos de origem animal. As regras estão na Instrução Normativa 54, de 2001. A flexibilização é uma demanda do setor produtivo. Em fevereiro, o governo promoveu audiência pública e reuniu propostas dos representantes de cervejarias, usadas na construção do texto da nova instrução normativa.
De acordo com a Cervbrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja), a intenção é criar mais variedades. “A decisão do consumidor está cada vez mais relacionadas a atributos que vão além do preço, como produtos sensoriais de diferenciação. Por isso, uma das solicitações é a ampliação das opções de ingredientes, como especiarias, frutas e mel”, destaca a entidade. A Cervbrasil disse ainda que deseja que sejam mantidos os pressupostos de qualidade e segurança já existentes.
O chefe da Divisão de Bebidas do Ministério da Agricultura, Marlos Vicenzi, lembra que o Brasil importa diversos tipos de cerveja que a legislação não permite fabricar. Assim, a flexibilização dos ingredientes traria competitividade à indústria nacional. Ele destaca que a permissão de mais itens na fórmula beneficiaria as cervejarias artesanais. “Nos últimos anos, houve crescimento expressivo de pequenas empresas que necessitam muito de liberdade para ter um diferencial no mercado”, pondera.
As alterações na regulamentação precisam ser discutidas com o Mercosul porque as normas da indústria da cervejaria funcionam de forma harmonizada no bloco. Segundo Marlos Vicenzi, as propostas de mudança serão debatidas na Comissão de Alimentos do grupo. “A gente já fez a solicitação de revisão. A Argentina já mostrou que concorda. Venezuela e Uruguai estão analisando”, informa. O Paraguai, que também faz parte do Mercosul, encontra-se suspenso do bloco. De acordo com Vicenzi, o Brasil deve concluir as discussões internamente e em 2014 iniciá-las no Mercosul. “A intenção é, no começo de 2015, ter isso [a nova instrução normativa] publicado”, declarou.
De acordo com informações da Cervbrasil, no ano passado, o País produziu 13,7 bilhões de litros de cerveja. Este ano, de janeiro a junho, fabricou 6,2 bilhões de litros da bebida. A maior parte desse volume é para consumo interno. Muito reduzidas, as exportações destinam-se principalmente aos países do Mercosul.
Fonte:https://noticias.r7.com/brasil/governo-vai-autorizar-cerveja-com-mel-e-chocolate-27072013
Jornada Mundial 2013
Fonte:https://g1.globo.com/jornada-mundial-da-juventude/2013/cobertura/
A presidente Dilma Rousseff chegou ao setor reservado às autoridades junto ao palco de Copacabana acompanhada pela presidente da Argentina, Cristina Kirschner. As duas vestem roupas pretas. O presidente da Bolívia, Evo Morales, também está presente.
Fonte:https://g1.globo.com/jornada-mundial-da-juventude/2013/cobertura/nota/28-07-2013/132786.html
Com o tema "Quebre o silêncio", a terceira edição da Marcha das Vadias em São Paulo percorreu neste sábado (25) a Avenida Paulista e a Rua Augusta em direção à Praça Roosevelt. O grupo se concentrou na Praça do Ciclista, onde foram preparados cartazes, stencil e pinturas corporais.
De acordo com os organizadores, a Marcha das Vadias "é uma resposta à ideia de que mulheres são culpadas pela violência que sofrem".
Por volta das 15h20, o protesto chegou à Praça Roosevelt. No local, parte do grupo se reuniu em uma roda para dar testemunhos de agressões sofridas por mulheres. Em outro ponto da praça, mulheres fizeram batucada com instrumentos improvisados.
De acordo com a Polícia Militar, a manifestação chegou a reunir 1,5 mil pessoas. Durante a passeata, o grupo gritou palavras de ordem contra machismo, homofobia e pelos direitos humanos. O grupo aproveitou para afirmar que é contra o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. "Sou mulher, sou gay, sou preta. Feliciano não me representa."
A mobilização atraiu a atenção de curiosos e despertou simpatia em quem passava pela região da Avenida Paulista. A designer Fabiana Caruso parabenizou o movimento, que, para ela, deveria acontecer com maior frequência. "É importante trazer o assunto para a rua. É um absurdo alguém achar que a mulher provoca o estupro", disse. Ela ainda destaca outras questões. "O aborto também precisa ser discutido, como está acontecendo", completou.
A manifestante Júlia, que não quis da sobrenome e não se deixou ser fotografada, estava com o seu filho participando da manifestação. Ela vestia apenas o lenço que usava para carregar o bebê. "Eu acho importante lutar por liberdade. Trazer meu filho desde pequeno é importante para ele entender desde já a questão da autonomia das mulheres", disse.
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Violência contra a mulher em SP
O estupro é um crime que vem crescendo nos últimos meses em São Paulo. De acordo com dados sobre os índices de criminalidade divulgados pela Secretaria de Segurança Pública, no mês de março foram registrados 311 casos na capital paulista. O número é 8,36% superior aos casos registrados no mês anterior, em fevereiro, que teve 287 ocorrências.
A SSP também aponta aumento de casos de estupro registrados no estado de São Paulo. Em março deste ano foram 1.161 casos contra 1.057 em fevereiro, uma alta de 9,84%
Fonte:https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/05/marcha-das-vadias-em-sp-incentiva-denuncia-contra-agressores.html